LGPD e os seus impactos no Marketing
LGPD é a sigla para a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. A Lei estabelece diretrizes para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. E foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que já está em vigor na União Europeia.
A regulamentação traz grandes impactos para empresas e consumidores. Aqui no Brasil, ela começa a vigorar em 16 de agosto de 2020. E, independentemente do segmento de atuação ou do porte da empresa, é preciso se adaptar.
Mas o que é preciso mudar? E, principalmente, quais os impactos da LGPD nas estratégias de Marketing?
Siga com a leitura deste artigo e entenda de forma simples e objetiva!
Preciso me preocupar com a LGPD?
Antes de tudo, veja se a sua empresa se encaixa em alguma dessas situações:
- Vocês coletam dados de clientes para envio de e-mails, promoções ou outro tipo de ação de relacionamento.
- Vocês coletam dados pelo site ou aplicativos para a venda de produtos e serviços.
- Vocês analisam o comportamento dos clientes para sugerir algum conteúdo/ oferta específicos.
- Vocês mantém dados de colaboradores e os utilizam para pagar os salários.
- Vocês terceirizam a coleta, armazenamento e/ou tratamento dos dados pessoais.
Se a resposta foi “sim” é sinal de que a LGPD vai exercer um impacto no negócio. Portanto, é preciso começar a se preparar o quanto antes para não ser punido.
Vale dizer que as penalidades podem chegar a multas de até 2% do faturamento anual. Sendo que o limite é de R$ 50.000.000,00 por infração.
Os impactos da LGPD
Com a LGPD, toda a estrutura da empresa terá que se adaptar: desde o Marketing, até o TI e vendas.
Além disso, a lei obriga a empresa a possuir ou contratar um profissional responsável pela proteção dos dados. Ele será o ponto focal do consumidor e deverá reportar eventuais incidentes causados aos dados para a ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados (do Governo Federal).
Também é importante que todos os processos internos estejam alinhados e claros. Afinal, se o cliente questionar a qualquer pessoa da empresa o que é feito com os seus dados, essa pessoa deve estar apta a responder.
Por onde começar?
Antes de tudo, é importante partir de um diagnóstico a respeito do uso dos dados na empresa. E essa atividade deve ser realizada por um profissional com conhecimento jurídico da LGPD.
Também é importante contar com o apoio de uma empresa de tecnologia especializada. Assim, você entenderá melhor como os dados são coletados, armazenados e usados.
A partir daí, é possível ter uma visão dos pontos de fragilidade da empresa e, então, traçar um plano de adaptação.
A mudança ainda deve envolver processos, pessoas, ferramentas e sistemas.
O que mudar?
Com a LGPD é importante criar e otimizar os procedimentos que envolvam dados. Ou seja, definir como os dados são coletados e usados, se amparar por ferramentas de segurança e contar com mecanismos de auditoria.
Ainda é importante fazer uma revisão documental de todas as normas e políticas que envolvem os fornecedores e parceiros de negócio.
Por fim, mas não menos importante, toda empresa deve estar a par da LGPD e dos novos processos. Assim, todos ficam cientes das exigências e os riscos são minimizados.
Apesar de parecer que ainda falta bastante tempo para o vigor da LGPD, essa é uma mudança complexa e demorada. Portanto, o quanto antes vocês começarem, melhor será!